A PUBLICAÇÃO BILÍNGUE TRAZ TEXTOS DE AUTORES NACIONAIS E INTERNACIONAIS, ESPECIALISTAS NO TRABALHO DE LINA BO BARDI,
ALÉM DE ENSAIOS FOTOGRÁFICOS INÉDITOS
Em novembro de 2018, o MASP comemorou o cinquentenário de sua sede, inaugurada em 1968 com a presença da rainha Elizabeth II.
Neste ano, uma das exposições que deram início ao ciclo curatorial ‘Histórias das mulheres, histórias feministas’, em abril, foi dedicada à obra de Lina Bo Bardi, arquiteta ítalo-brasileira que projetou o edifício.
O livro ‘O MASP de Lina’, à venda nas lojas do museu, sintetiza e celebra esses dois importantes momentos da história recente da instituição.
“É uma publicação sobre a principal obra do museu, seu prédio, que se tornou também um patrimônio de São Paulo”, diz Guilherme Giufrida, assistente curatorial do MASP, que organizou o livro com Adriano Pedrosa, diretor artístico do museu.
O título inclui ensaios inéditos escritos por Pedrosa e Giufrida, além de Annette Svaneklink Jakobsen, Barry Bergdoll, Eduardo Pierrotti Rossetti, Guilherme Wisnik, Marcelo Ferraz, Marcelo Suzuki, Roberto Rochlitz, Marina Grinover, Olívia de Oliveira, Renato Anelli, Sarah Feldman, Silvana Rubino, Silvio Oksman, Lúcia A. Furlan, Luiza Nadalutti, Heloísa Maringoni, Juca Pires e Zeuler R. M. de A. Lima – especialistas no trabalho da arquiteta que participaram do seminário ‘O MASP de Lina: 50 anos do edifício’, em novembro passado, e escreveram ensaios para o livro a convite da instituição.
Os textos exploram as escolhas de Lina para o projeto, como a opção pelo revestimento em vidro e o vão livre, algumas delas tomadas no decorrer dos mais de dez anos de construção da sede do MASP. Também buscam comparar o projeto com o de outros edifícios, inserindo a instituição dentro da produção da arquiteta Lina Bo Bardi e do modernismo global.
O MASP de Lina’ também conta com uma vasta iconografia do prédio ao longo de seus 50 anos, desenhos e croquis feitos por Lina e textos históricos da arquiteta sobre o museu – a maioria, em formato de fac-símile e um deles inédito, no qual ela discorre sobre o MASP e o SESC Pompeia.
Também a convite do MASP, três fotógrafas brasileiras de diferentes gerações mergulharam no universo do museu para produzir ensaios que integram o livro.
Lucia Guanaes explorou em ‘limiares’ os contornos do edifício em contraposição aos da cidade; Luiza Baldan, em “monumentalidade como coletividade”, convidou os funcionários a posar em seus locais favoritos dentro do museu – recuperando um desejo da própria Lina de ter os colaboradores em diálogo com a instituição e com a cidade, e viceversa.
Nair Benedicto, por sua vez, dedicou-se ao vão livre, investigando os seus usos políticos durante as eleições de 2018, no ensaio ‘fora de foco’.
Fotos nunca publicadas de Mauro Restiffe durante a remontagem dos cavaletes, em 2015, farão parte do livro. Também vão figurar no exemplar imagens escolhidas a partir do Instagram do MASP, que republica fotos de seus seguidores, como na Parada LGBT de 2019, e de fãs que tatuam a fachada do MASP na própria pele, por exemplo.
A ideia é evidenciar as diferentes relações que as pessoas têm como o museu.O livro ainda possui uma parte técnica, com detalhes das condições atuais da estrutura do MASP, informações obtidas por meio do projeto Getty.
Em 2017, o museu obteve aporte do programa Keeping it Modern, da Fundação Getty, para desenvolver um plano de conservação do edifício. O capítulo é um dos resultados desse projeto, finalizado em novembro do ano passado.
Fonte: imprensa do MASP
O MASP de Lina
Organização editorial Adriano Pedrosa, com assistência de Guilherme Giufrida
348 págs.
Patrocínio: CAU, Mattos Filhos e Goodyear