Assim como existem diferentes definições e tipologias de habitação social ao redor do mundo, o mesmo acontece com a arquitetura destes edifícios. Cada sociedade ou país difere em muitos aspectos sociais, culturais e econômicos assim como as perspectivas ou prioridades de um governo para o desenvolvimento de um sistema de habitação sociais pode distinguir-se em quantidade, custo, sistemas construtivos ou localização no contexto urbano, dados que apenas contribuem para que arquitetos procurem sempre desenvolver soluções únicas para cada caso específico.
Bélgica
Na Bélgica, o sistema de habitação social está voltado para atender pessoas de baixa renda, sejam elas indivíduos ou famílias. Durante mais de quarenta anos, o sistema de habitação social belga passou por um processo de descentralização, transferindo esta responsabilidade – anteriormente centralizada – para cada uma das três regiões do país: a Região de Bruxelas, a Região Flamenga e a Região da Valônia. A habitação social é uma atribuição que pode ser outorgada tanto ao município, à empresas públicas, cooperativas ou organizações filantrópicas.
A Bélgica divide seu estoque imobiliário de habitação social em duas categorias. Aquela habitação chamada de “social”, atende à pessoas com limitações financeiras e também sociais e é alocada com base em uma combinação de níveis de renda e grupos prioritários. A segunda categoria, da habitação “intermediária”, é alocada para pessoas em situações menos precárias, mas que ainda assim necessitam de assistência pública para ter acesso à moradia.
Escrito por Niall Patrick Walsh | Traduzido por Romullo Baratto