Projeto museográfico do Museu da Natureza, Coronel José Dias (PI)
NA SERRA DA CAPIVARA, IMERSÃO TOTAL EM HISTÓRIA MILENAR
INAUGURADO DEZ ANOS DEPOIS DO MUSEU DO HOMEM AMERICANO, O MUSEU DA NATUREZA (MUNA) – AMBOS VINCULADOS À FUNDAÇÃO DO HOMEM AMERICANO (FUMDHAM) E, DISTANTES 30 QUILÔMETROS ENTRE SI, TENDO MARCELLO DANTAS COMO CURADOR E DIRETOR ARTÍSTICO – ABRIU AO PÚBLICO EM 18 DE DEZEMBRO DE 2018, PASSADOS MENOS DE UM ANO E MEIO DESDE O INÍCIO DA CONSTRUÇÃO. PRAZO ENXUTO SE CONSIDERADAS A COMPLEXIDADE TÉCNICA DA MOSTRA DE LONGA DURAÇÃO QUE ELE ABRIGA E A DIFÍCIL LOGÍSTICA DA OBRA – A ENERGIA ELÉTRICA, POR EXEMPLO, FOI INSTALADA QUASE CONCOMITANTEMENTE COM A INAUGURAÇÃO DO MUSEU
Diferentemente do Museu do Homem Americano, localizado no município de Raimundo Nonato, no Piauí, junto com a FUMDHAM, o MUNA beira o Parque Nacional da Serra da Capivara (unidade de conservação criada em 1979 no município de Coronel Dias, no sul da cidade), o mais importante sítio arqueológico brasileiro (seu acervo principal é de pinturas rupestres) e que há mais de quatro décadas começou a ser investigado pela arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon – presidente emérita da FUMDHAM.
Marcelo Dantas conta que foi em 2014 que Niède Guidon o convidou para pensar o MUNA, embora a sua contratação tenha ocorrido apenas em 2017, quando o governo liberou a verba do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, para o projeto. Fazia mais de uma década, no entanto, que a arqueóloga começara a pensar no MUNA, a fim de mostrar ao público os fósseis e outros achados naturais não utilizados na mostra do outro museu.